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Nossa quinta-feira...


Querida amiga,
não existe senso comum na maioria das pessoas, o egoísmo impera sobre os seus corações de uma forma assustadora, até lhe confesso que já fui egoísta muitas vezes. Não é se corromper , acredito que seja instinto do ser humano. Algo meio selvagem de querer ter tudo para si, devido ao medo de acabar sem nada e sozinho no final do trajeto.
Aprendi a não me decepcionar, apenas a não ligar. Pois se fosse para parar e dar importância sempre a essas situações, eu já estaria sem cabelo e doente. Quem nunca foi traído por um amigo? Ou traído por um amor que parecia eterno? Com toda a certeza a maioria iria dizer que sim, isso faz parte do aprendizado da vida, e esse tipo de situação ainda nos faz ficar mais fortes e atentos para a próxima rodada.
Mas é claro que não podemos ser totalmente pessimistas, não é? Também já conheci pessoas que me surpreenderam logo de cara, e que nunca me decepcionaram. Isso é raro, por isso é tão precioso. Me sinto sortuda por possuir , e você é umas das personagens principais desse meio.
Agora mesmo estou escutando a música que você me enviou “Better version of me”, realmente lembra um pouco a minha vida, admito que as vezes sou uma pessoa assustada e inconstante. São épocas, são tpms, são desilusões passageiras. Sempre tento manter o bom humor, ninguém merece que eu desconte a minha raiva por algo que não teve culpa, e também não permito que façam o mesmo comigo.
Por isso nos damos tão bem, somos parecidas nesse sentido. Nunca brigamos por nada, não é? O que mais será que nos aguarda nessa quinta-feira? Será que vamos nos ver? Espero que sim, nem que seja para lhe dar um abraço forte e longo.
Hoje a minha mente está leve, nada de muito profundo ou intenso.
Fique bem minha amiga Alice.

Deborah Viana

Deborah.

Ela passa por mim como quem não quer nada. E eu também não quero. Pelo menos nada de mais.O caso é que ela me parece tão interessante. Assim, loirinha dos óculos coloridos e sorriso contagiante. Mas fechada como uma ostra.Demorou para que ela me notasse. Que me dirigisse um simples oi, que se importasse com o que eu penso. Não por ser mal educada, ou desinteressada. Simplesmente porque tinha problemas demais com gente que tinha sentimento de menos. Quando percebi, a sua história era tão parecida com a minha que foi interessante conversar.E foi naquela sacada que tudo começou. Ouvir sua história não me parecia novidade. Tudo que ela me falava parecia estranhamente familiar e constrangedoramente comum. Como que num passe de mágica, já nem precisávamos falar para nos entendermos, o que persiste. Essa menina-mulher tão cheia de sonhos e ambições, consegue deter muito do meu interesse, carinho e preocupação.Sabe, quando a gente menos espera, o amor se apresenta das formas mais diversas, se aloja em nosso peito, e não sai mais.
Texto dedicado a uma grande amiga.

Escrito por Alice maneschy às 9:08 PM


P.s.: Obrigada amiga...você é a única que me lê.

A linda fase da praticidade...


Aquela moça achava que precisava de uma pessoa para que tudo fosse se acertar na sua vida, que deveria fazer mudanças interiores para que tudo voltasse a funcionar, questões sobre liberdade, carinho e atenção.
Mas na realidade, o problema não era esse...mesmo quando estava se relacionando com a pessoa que mais queria, teve um determinado tempo em seu relacionamento que não estava mais feliz, vivia se sentindo mal, derrotada, com medo, insatisfeita e totalmente frustrada. Como lidar com esses sentimentos? Deveria estar bem e correndo atrás dos seus objetivos.
Levou a pessoa que amava para o abismo junto com ela, e a mesma também estava passando por momentos delicados, acabou não aguentando e preferiu se separar de tudo aquilo. Um namoro deve fazer bem e não trazer tempestade, talvez esse tipo de problema precise de laços mais fortes, geralmente duas pessoas jovens não resistem e algumas vezes nem casamentos , tirando os de vinte e poucos anos que talvez tenham base para suportar.
É verdade, o amor não segura relacionamentos. Cada um possui as suas necessidades, ninguém é obrigado a passar junto com você fases complicadas que acabam prejudicando indiretamente a sua vida.
A moça decidiu se levantar e consertar o que estava errado, finalmente sabia qual era o problema, o seu foco estava complemente desviado. O que estava acontecendo, era o comodismo com as coisas, e foi necessário haver mudanças drásticas e forçadas para que tudo fosse percebido.
Agora é recomeçar... sorte é que ela ainda tem vinte e quatro anos e o tempo ainda é o seu amigo. Finalmente vai correr atrás do que mais quer. Metas definidas e cumpridas a deixam segura e satisfeita . E chega de sentimentalismo barato que não leva a nada e nunca fez parte do seu perfil, e viva a volta da praticidade e do realismo.
E relacionamentos? Quando tudo estiver certo dentro dela mesmo poderá gostar outra vez, pois uma pessoa triste não faz a outra feliz.

Deborah Viana

Tempo...

Procurar não ter tempo para mais nada...

Frases com perguntas e afirmações...


Aquela moça, que nunca atrevi dizer o nome, passou ao meu lado sem dizer ao menos uma palavra.
Eu conheço a sua história, ela sempre foi tão triste... ou pelo menos demonstrava esse sentimento, mas nunca me pareceu fraca. Quem disse que a tristeza vem junto com a fraqueza? Sinceramente nunca acreditei nisso, e aquela pessoa considerada a mais triste do mundo também passava a impressão de ser a mais forte de todas.
E ela tinha muito para contar, mas não podia, pois ninguém gostava do que ela escrevia. Poderia ser através de poesia ou então prosa, as pessoas não gostavam, achavam chato, entediante, que não possuía originalidade e sentimento.
Do que elas entediam do sentimento da moça para falarem esse tipo de coisa? Isso lhe causava revolta e reclusão. Só porque sentia tristeza e não se entregava, não poderia escrever textos cheios de emoções?
Levou a sério o que os outros diziam e acabou parando de escrever achando que tudo o que sentia era banal. Depois de um tempo ficou doente, afirmaram que tinha entrado em depressão. Por quê? Era tão forte!
Foi então que descobriu que a sua força era produzida quando escrevia, de alguma forma era um desabafo, depois de pronto não demorava muito para sair o peso do seu corpo. Ela não escrevia para os outros, mas para si mesma, não importa se entendiam ou não, o importante é ela pegar tudo um dia, reler e achar graça.
Para Alice Maneschy .

Eu não cuido do meu pé...


Nunca prestei muita atenção nele.
Por isso, não lembro de como era quando criança.
Se era bonito e gordinho ou feio magrelo,
se era branquinho uniforme ou se era manchado.
Na adolescência comecei a notá-lo, pois achava que tinha algo de muito estranho.
Ele parecia feio e mal cuidado, manchado e grosseiro.
Antes o que ignorava passei a odiar.
Por que ele é assim?
Comecei a olhar o de outras pessoas para comparar, mas... ele sempre era o pior.
Esconder era a melhor solução!
Passando a adolescência parei com o ódio e voltei a ignorar.
Já não tinha tanta importância que antes, mas também não vivia para expor por ai.
Até que hoje, eu percebi que o problema não era com ele.
Eu nunca parei para observar-lo, sabia que estava ali... mas não me importava.
E quando notei, não parei para cuidar, fazer alguma coisa para mudar.
E depois... o coloquei novamente de lado,
ficou jogado sem ninguém para olhar por ele, e só foi piorando cada vez mais.
Chegando a um estágio que não tinha mais jeito.
Eu só precisava ter tido zelo no passado para transformar a realidade de hoje.
Agora eu cuido, algo já melhora!
Mas existem coisas que não possuem mais soluções e que foram perdidas no tempo.
E não adianta pedir desculpas pela a omissão.
O que está feito, está feito!
O que era simples de resolver, pode se tornar irreversível.
E era tudo uma questão de sensibilidade.

Deborah Viana