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Eu não cuido do meu pé...


Nunca prestei muita atenção nele.
Por isso, não lembro de como era quando criança.
Se era bonito e gordinho ou feio magrelo,
se era branquinho uniforme ou se era manchado.
Na adolescência comecei a notá-lo, pois achava que tinha algo de muito estranho.
Ele parecia feio e mal cuidado, manchado e grosseiro.
Antes o que ignorava passei a odiar.
Por que ele é assim?
Comecei a olhar o de outras pessoas para comparar, mas... ele sempre era o pior.
Esconder era a melhor solução!
Passando a adolescência parei com o ódio e voltei a ignorar.
Já não tinha tanta importância que antes, mas também não vivia para expor por ai.
Até que hoje, eu percebi que o problema não era com ele.
Eu nunca parei para observar-lo, sabia que estava ali... mas não me importava.
E quando notei, não parei para cuidar, fazer alguma coisa para mudar.
E depois... o coloquei novamente de lado,
ficou jogado sem ninguém para olhar por ele, e só foi piorando cada vez mais.
Chegando a um estágio que não tinha mais jeito.
Eu só precisava ter tido zelo no passado para transformar a realidade de hoje.
Agora eu cuido, algo já melhora!
Mas existem coisas que não possuem mais soluções e que foram perdidas no tempo.
E não adianta pedir desculpas pela a omissão.
O que está feito, está feito!
O que era simples de resolver, pode se tornar irreversível.
E era tudo uma questão de sensibilidade.

Deborah Viana